17 agosto 2017

História - Kombi Camper

A história da VW Kombi já é bem conhecida pelo mundo, criada pelo Holandês Ben Pon em 1947 que teve a ideia depois de ver os trolleys usados para transportar peças na fabrica de Wolfsburg, e que eram montados a partir dos chassis de Fusca.

Ele inicialmente teve seu projeto negado pela Volkswagen que na época era comandada pelo exercito Britânico. Somente em 1949 quando Heinz Nordhoff se tornou o Chefe Executivo da empresa é que a ideia foi colocada em pratica, e no Salão do Automóvel de Genebra daquele ano ela foi apresentada ao publico. 

Mas foi em 1951 que a T1 ganhou uma de suas versões mais conhecida, amada e até mesmo copiada ao redor do mundo a Westfalia’s Camper. Nessa postagem vamos falar um pouco do início da história dessa veículo que atravessa gerações e que passou de um carro de trabalho ao simbolo da liberdade hippie, e hoje é o sonho de consumo de muitos colecionadores. 

A empresa Westfalia foi licenciada pela própria Volkswagen para produzir as Kombis convertidas para Campers, que passaram a ser exportadas a partir de 1955. Eles começaram produzindo equipamentos para acampamentos que poderiam ser removidos, facilitando a transformação da Kombi de trabalho em um veiculo para acampar no final de semana.  

Em 1952 começou a produção de veículos com a cozinha instalada logo atrás do banco da frente, enquanto o banco traseiro era transformado em uma cama. Os modelos poderiam ser facilmente adaptados para o gosto dos clientes, com diferentes tipos de camas, balcões de madeira ou fórmica, além do teto solar ou o retrátil estilo pop up. 

O modelo mais luxuoso a Campingwagen Deluxe, possuía cortinas, carpetes, forração, e um tanque de água de noventa litros, além de maior espaço de armazenamento nos armários. Outro destaque para os modelos era o painel maior, que possuía também radio e um relógio. Esse modelo era fabricado para o mercado americano e não possuía fogão, pois as leis de importação da época não permitiam a instalação deles.  


Em 1967 a Volkswagen introduziu o modelo T2 ‘bay-window’, que trazia uma grande transformação para a Kombi, que ficou um pouco maior e mais pesada, com para-choques mais quadrados, nova grade dianteira e motor mais potente. A parte elétrica também foi atualizada passando a ser de 12 volts.

A Kombi ‘Bay’ foi a verdadeira responsável pelo grande sucesso das Campers, com mais espaço interno que sua antecessora, elas agora eram convertidas por diferentes empresas como Devon (que em 1972 se tornou a empresa com a licença oficial para converter Campervans no Reino Unido), Viking, Danbury e Westfalia. Todos com configurações diferentes para o interior dos veículos. 

Até os dias de hoje as Campervans são cultuadas, principalmente por sua importante participação no movimento Hippie dos anos sessenta, quando se tornou simbolo da cultura rebelde que pregava um estilo de vida mais simples e livre. 

Com muitas inovações a Campervan é fabricada até hoje, e a empresa Britanica Danbury Motor Caravans utilizava a Kombi brasileira para a fabricação de suas Campers. 


No Brasil


Já no Brasil a mais conhecida é a Kombi Safári que também foi produzida na Alemanha e África do Sul e exportada para vários outros países. Ela foi produzida pela Karmann Ghia até o início dos anos 90, utilizando o chassi da Kombi com motor de 1600cc. A Safári normalmente possuía um dormitório fixo que ficava elevado sobre a cabine, sala que também podia ser convertida em dormitório, cozinha com pia, fogão, geladeira e até mesmo um banheiro com sanitário portátil. O espaço podia acomodar de quatro a seis pessoas.

Com poucas unidades produzidas a Kombi Safári é hoje um veículo raro com o valor elevado e o item de desejo de muitos colecionadores. 



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