Mascotes de Capô

Quando falamos em designe de carros antigos muitas vezes lembramos das gigantescas grades cromadas, dos pomposos rabos de peixe e lindos painéis, mas a grande maioria dos veículos produzidos antes da década de sessenta possuíam outro item de série que chamava a atenção. O Mascote de Capô.

Bonitos, estranhos, espalhafatosos e alguns até mesmo quase pornográficos, os mascotes de capô ou ornamentos de capô ficaram conhecidos por sua extravagância em representar as montadoras em seus modelos de destaque. E apesar de se tornarem ilegais em muitos países, persistem até hoje em marcas como Mercedes Bens e Rolls Royce.

Os primeiros ornamentos ou mascotes de capô começaram a se tornar populares na década de 1910, com uma função mais prática do que decorativa, já que possuíam um termômetro que media a temperatura do motor. Isso era algo importante já que a maioria dos veículos como o modelo T, possuíam um sistema de refrigeração no estilo de termossifão, sem a bomba de água que temos hoje.

Chrysler B70 de 1924 Foto Original

Foi na década de vinte que os ornamentos começaram a ganhar importância no designe dos carros, e a prática tampa de radiador passou a ser substituída por peças mais decorativas, que representavam o brasão da empresa ou o mascote do modelo.

LaSalle 1931 Foto Original

Ao longo dos anos o ornamento começou a ganhar mais importância para a personalidade e estilo do automóvel, chegando a se tornar um dos pontos centrais da personalização de cada marca. A popularidade seguiu até a década de cinquenta, quando algumas empresas chegaram a fabricar modelos personalizados, os tornando acessíveis a todos que desejavam possuir um no capô do carro.

Ornamento Hudson 8 - Foto original

A partir dos anos sessenta alguns países começaram introduzir leis que proibiam novos automóveis saírem de fabrica com adornos que se sobressaiam do capô e que colocava em risco a vida dos pedestres em caso de acidente.

Apesar das novas leis os clássicos como Rolls Royce e Mercerdes Bens continuam utilizando os ornamentos, com modificações de segurança como sensores de pressão que retraem o ornamento em caso de acidente ou bases que se dobram durante o impacto.