Nunca foi tão fácil escutar nossas músicas favoritas como hoje em dia, temos desde serviços de streaming até cartões de memória que podem armazenar milhares de músicas e que são facilmente transportados para onde vamos. Mas ouve uma época em que escutar música enquanto se dirigia era algo complicado e que dependia unicamente do alcance das transmissões das rádios locais.
Na década de cinquenta com a popularidade do carro cada vez
maior e a importância da música crescendo principalmente entre os jovens, o
rádio passou a ganhar papel de destaque nos belos painéis cheios de cromados
dos modelos da época. E em um tempo em que a única opção era as rádios AM que
na maioria das vezes contava com sinal de transmissão fraco e limitado, a ideia
de poder dirigir escutando sua música favorita era no mínimo futurista.
Mas como tudo nos anos cinquenta precisava ser extravagante e futurista a Chrysler surgiu com uma estranha solução para os problemas dos amantes de músicas e carros. O realmente extravagante Highway Hi-Fi.
Mas como tudo nos anos cinquenta precisava ser extravagante e futurista a Chrysler surgiu com uma estranha solução para os problemas dos amantes de músicas e carros. O realmente extravagante Highway Hi-Fi.
O Highway Hi-Fi foi apresentado pela Chrysler em 1956 em
seus modelos DeSoto, Dodge e Plymouth que tinham com o dispositivo instalado
sob o painel dos veículos. A empresa CBS Eletronics desenvolveu a tecnologia
que tocava discos compactos que podiam tocar até 45 minutos de música ou 60
minutos de falas em cada lado. Isso era possível devido ao uso de uma rotação
mais lenta, (16 2/3 contra as 33 RPMs dos discos normais), em conjunto com uma
ranhura mais compacta de 216.5 ranhuras por centímetro, quase quatro vezes mais
que o vinil convencional da época.
Além da diferença nos discos o aparelho também contava com um
suporte especial que absorvia os impactos da estrada, e o braço da agulha exercia
uma pressão maior que as dos toca discos convencionais, prevenindo falhas e
arranhões nos discos. Na parte de baixo do toca discos um compartimento podia
armazenar até cinco discos.
O Highway Hi-Fi era vendido como acessório e custava para os futuros proprietários $200 dólares (mais de $1700 nos valores atuais) e o catalogo inicial contava com seis discos com sucessos clássicos de Cole Porter, Percy Faith e Orquestra, assim como gravações de shows da Broadway e séries da CBS. Os discos eram fabricados exclusivamente pela Columbia Records e os proprietários podiam encomendar novos LPs através de um catalogo recebido pelo correio.
Apesar do fracasso do Highway Hi-Fi a ideia de possuir um
toca discos no painel do carro não foi completamente abandonada, e na década de
sessenta produtos similares foram lançados, como o RCA e o Norelco Auto Mignon.
Ambos rodavam discos de 45rpm e possuíam um preço bem mais convidativo que o
projeto da Chrysler.
Os motoristas precisaram esperar até 1968 quando a nova
geração de rádios foi lançada apresentado o Toca Fitas, e com eles a verdadeira
facilidade de se escutar música enquanto se dirige.
O Highway Hi-Fi era vendido como acessório e custava para os futuros proprietários $200 dólares (mais de $1700 nos valores atuais) e o catalogo inicial contava com seis discos com sucessos clássicos de Cole Porter, Percy Faith e Orquestra, assim como gravações de shows da Broadway e séries da CBS. Os discos eram fabricados exclusivamente pela Columbia Records e os proprietários podiam encomendar novos LPs através de um catalogo recebido pelo correio.
Com um formato de disco tão exclusivo o Highway Hi-Fi logo
encontrou problemas de vendas, principalmente nas poucas opções de musicas
disponíveis. Gêneros muito populares na época como o Rock, Jazz e Country não
eram disponibilizados pela Columbia Records, que manteve apenas os sucesso mais
clássicos na conversão para esse novo formato de "mídia".
Com um catalogo tão limitado e reclamações do produto, que
muitas vezes precisa de manutenção constante, a novidade da Chrysler teve vida
curta e foi retirado das opções de acessórios da montadora apenas dois anos
depois do lançamento. Uma versão que tocava discos de 45 rpm chegou a ser
oferecido aos clientes, mas a mudança chegou muito tarde para salvar o
aparelho, sem contar que trocar manualmente o disco com o carro em movimento não era uma tarefa muito
fácil.
Mesmo com a eficácia em tocar sua música favorita nas ruas
mais esburacadas, o RCA tinha a má fama de desgastar rapidamente os discos devido
ao peso do braço da agulha e acelerar o ritmo da música por conta própria.
Ambos projetos tiveram vida curta e o RCA foi descontinuado depois de apenas um
ano de vendas.
Toca Discos RCA |
Nenhum comentário:
Postar um comentário