11 setembro 2017

História - Carro Conceito - Plymouth Belmont


Quando falamos sobre carros conceito logo vem a mente imagens de carros futurísticos, estranhos e muitas vezes nada funcionais. Mas existem algumas exceções com modelos tão bonitos que acabamos ficando com vontade de ter um na garagem. E o Plymouth Belmont é um bom exemplo disso.

Em 1954 as vendas da Plymouth haviam caído consideravelmente e na tentativa de chamar mais atenção para a marca, o chefe de designe da Chrysler Virgil Exner liderou seu departamento na criação de dois carros conceitos para os salões de automóveis daquele ano. Os veículos eram o Plymouth Belmont e o Plymouth Explorer Coupe.

O Belmont era o modelo mais esportivo e chegou até mesmo a criar grande expectativa quanto á possibilidade de competir com o Chevrolet Corvette lançado em 1953. Com uma concepção parecida com a do concorrente o Belmont foi o primeiro carro da Plymouth a usar carroceria em fibra de vidro e um motor V-8 (antes os carros da marca só eram oferecidos com motor seis cilindros). Com transmissão semi-automática Hy-drive e motor V-8 Dodge de 150CV, o Belmont foi apresentado ao público na cor azul metálico no Salão do Automóvel de Chicago. 

Com um desenho considerado aerodinâmico para a época o Belmont era um carro grande, com quase cinco metros de comprimento e ao contrário da maioria dos carros conceitos, era completamente funcional.


Outro fato interessante sobre o Belmont é que seu projeto foi criado pensando em peças que já existiam em produção nas linhas de montagem da Chrysler, como as lanternas traseiras e os para-choques. A principio o projetista Bill Robson (o verdadeiro designer por trás do Belmont)  achava que a empresa queria somente um carro conceito futurista, mas quando ficou claro que o Belmont seria um carro esportivo para produção modificou seu desenho para algo mais realista.

Apesar de todas as qualidades do Belmont seu designe apresentava alguns problemas, como o para-brisa de Plexiglass que distorcia a visão do motorista e a falta de maçanetas externas que obrigava os usuários abrir as portas somente pelo lado de dentro.

No final de 1954 a Chrysler apesar da boa aceitação do carro, e até mesmo da participação do modelo no filme 'Uma esperança nasceu em minha vida (Bundle of Joy)', anunciou que havia desistido do projeto devido ao modelo estar ‘ultrapassado’, e não se enquadrava mais na imagem da empresa. Mas muitos acreditam que o verdadeiro motivo foi a baixa venda do Corvette, que ainda era oferecido com motor de seis cilindros pela Chevrolet. Infelizmente a decisão da empresa se mostrou precipitada já que o modelo Thunderbird da concorrente Ford, foi um grande sucesso de vendas em 1955, assim como o Corvette depois do modelo ganhar seu famoso motor V-8. 

Apesar do Belmont nunca ter entrado em produção, o carro foi salvo pelo próprio Virgil Exner que adquiriu o único modelo fabricado pela Plymouth. O carro existe até hoje, e passou por uma restauração completa no final dos anos oitenta, quando ganhou a pintura vermelha no lugar do azul original. O Belmont foi vendido em um leilão em 2014 por $1,320,000.00. 






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