Uma coisa é certa, você
pode até não gostar de Chevette, mas é impossível olhar para essa frente e não
achar bonitinha. O Chevette ‘Tubarão’ é o modelo mais charmoso do carrinho
produzido no Brasil, e apesar da má fama da potência do Chevette essa série
especial tem uma história bem interessante.
O Chevette GP (Grand
Prix) foi lançado em 1976 quando a General Motor se tornou a patrocinadora
oficial do Grande Prêmio do Brasil de Formula 1, e a montadora decidiu lançar
uma versão 'esportiva' do Chevette em comemoração. O carro aparecia nos
anúncios publicitários da época como "O carro Oficial do Grande Prêmio do
Brasil”, e foi até mesmo emprestado pela fábrica para alguns pilotos que
chegavam ao país.
A parte interessante da
história do Chevette GP está em seu status de "esportivo", e essas aspas estão
ai por um bom motivo, já que toda a esportividade do Chevette ficava somente em
sua aparência externa. Com uma grande faixa preto fosco que se estendia pelo
capo e tampa do porta malas, assim como nas laterais com a inscrição GP, os espelhos
com desenho aerodinâmico tipo concha, ponteira cromada no escapamento, rodas de
ferro com um modelo exclusivo para o GP, com tala de 6 polegadas na cor cinza
grafite com sobre aro de alumínio. No interior o volante foi modificado,
ficando com o diâmetro menor que o normal, enquanto a forração dos bancos e das
portas era na cor preta e os pedais ganharam frisos cromados. Como opcional era
oferecido faróis de milha, que eram colocados dentro da grade de plástico que
era totalmente preta sem os frisos cromados dos modelos L e SL.
A grande mudança da
parte mecânica foi o aumento na taxa de compressão que subiu de 7,8:1 para
8,5:1, o que segundo testes fez a velocidade final do carro subir de 140Km/h
para 144,5Km/h, enquanto a aceleração foi para 18,80 segundos para chegar aos
100km/h contra os 19,40 segundos da versão normal. Essa diferença mínima fez a
potencia aumentar de 69CV para 72CV, o que passava quase imperceptível para os
motoristas que esperam um carro esportivo.
No final, apesar de ser uma bela série especial do Chevette e ter ganho até mesmo uma segunda versão com o GP2 fabricado entre 1977 e 1978, o Chevette GP não era exatamente um carro esportivo, mas com poucas unidades fabricadas hoje ele é muito procurado pelos colecionadores.
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